domingo, dezembro 22, 2024
Urbanismo

Embasa e comunidade do Bate Facho se reúnem para falar sobre barragem

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Foto: Divulgação/Embasa

Foi realizada na manhã desta quarta-feira (21) uma reunião da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) com a comunidade do Bate Facho, localizada na avenida Jorge Amado. Promovida pela empresa, o encontro possuiu como foco o andamento do processo de implementação do sistema de monitoramento da barragem de Pituaçu. O equipamento tem caráter preventivo e atende à Política Nacional de Segurança de Barragens (Lei 12.334/2010). 

A reunião contou aproximadamente 100 pessoas, entre elas estavam moradores da comunidade, representantes da Embasa, da Defesa Civil estadual (Sudec) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). No local, representantes da Tecal Engenharia, responsável por implantar o sistema, apresentaram um posicionamento sobre a situação ocorrida em 26 de julho. O diretor da empresa, Marcelo Matta, deu detalhes sobre o sinal sonoro que assustou moradores do Bate Facho.

Foi esclarecido que, na verdade, o som ouvido fazia referência ao “alarme de intrusão”. Este mecanismo de autodefesa presente no equipamento alerta contra depredação ou invasão do sistema. “O volume do som ouvido pelos moradores corresponde a 10% do volume que seria emitido em uma situação de alerta”, aponta Matta.

O diretor da Tecal Engenharia também contou aos moradores da comunidade do Bate Facho que o sistema foi ativado sem o conhecimento da Embasa, visto que o processo de implantação ainda não foi concluído e não houve o treinamento oficial para os moradores da região reconhecerem os diferentes sons emitidos pelo equipamento.

Matta lamentou o ocorrido e pediu desculpas à comunidade. E também acrescentou que para evitar qualquer situação parecida, o equipamento foi totalmente desativado até que o sistema seja implantado completamente e que os moradores sejam instruídos por completo.

Monitoramento preciso

De acordo com Lúcio Landim, supervisor de Barragens da Embasa, as inspeções regulares na barragem de Pituaçu são feitas periodicamente e o nível do reservatório é monitorado a cada cinco minutos.

“No dia do episódio, não havia registro de anomalia e o nível da barragem estava baixo, descartando qualquer possibilidade de disparo de alerta pela Embasa. Aliás, aproveitamos para tranquilizar a comunidade, pois a barragem de Pituaçu se encontra completamente íntegra e sem riscos estruturais. O sistema de alerta que está sendo implantado tem caráter preventivo, mas o risco de um eventual rompimento é extremamente baixo, pois a barragem de Pituaçu é uma estrutura estável, construída há mais de cem anos e que, inclusive, passou por reformas estruturais recentes”, comentou.

A diretora da Escola Comunitária do Bate Facho, Cremilda da Anunciação, é moradora da localidade há mais de 50 anos e atuou como líder comunitária por quase 30. Ela acompanhou as explicações com atenção. “Foi um transtorno enorme para a comunidade o que aconteceu em julho. Acredito realmente que a barragem não traz riscos, mas aguardo que a população passe logo pelos treinamentos para que este tipo de coisa não aconteça novamente”, disse. 

Próximos passos

A implantação do sistema de alerta da barragem de Pituaçu já possuem próximas etapas vigentes. Serão realizados testes de funcionamento do sistema, que serão feitos com prévia comunicação aos moradores. A previsão é de que os testes ocorram no fim de setembro e a definição das rotas de fuga ainda vão ser traçadas junto com a Defesa Civil de Salvador (Codesal).


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