domingo, dezembro 22, 2024
Esporte e saúde

Isolamento e depressão: psicóloga explica como confinar com segurança

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Foto | Freepik

A medida do confinamento é a principal recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) além dos governos federal, municipal e estadual, que buscam através dessa iniciativa, evitar o colapso, – levando em consideração o fato de não existirem leitos o suficiente no sistema de saúde para atender a demanda que a Covid-19 pode provocar-.

Aderida por grande parte dos soteropolitanos e com quase 30 dias de duração, apesar do confinamento contribuir com a inibição da proliferação do vírus, essa medida pode trazer outras implicações para a saúde da população, como é o caso de problemas relacionados ao bem estar psicológico. O Portal Meu Imbuí foi atrás de mais informações sobre os impactos psicológicos que o confinamento pode provocar e como proceder para combater e inibir essas consequências, conversando com a psicóloga Jéssica Sousa.

De acordo com a profissional de saúde, os problemas que o confinamento pode causar ao indivíduo são muitos, dentre eles; tristeza, ansiedade, tédio, frustração e o medo, que pode aparecer em diversos contextos. “Medo de se infectar e infectar os entes queridos; medo de perder o emprego e/ou não conseguir o sustento; e o de não saber exatamente com o que estamos lidando e quanto tempo de realmente durará os dias de isolamento”, diz Jéssica.

A psicóloga ainda contextualiza os fatores que podem levar o indivíduo a desenvolver os outros problemas, como o tédio, a tristeza e a ansiedade.

“Ao assistir constantemente os noticiários e a busca por notícias, a perda do direito de ir e vir são alguns dos fatores que podem colaborar com os sentimentos de frustração, tristeza e ansiedade”, explica. 

Esses problemas podem afetar a nós, assim como as pessoas que convivem conosco neste período. A psicóloga reforça que cada pessoa pode reagir de uma forma, levando em consideração a personalidade do indivíduo, mas que é importante estarmos atentos às pessoas a nossa volta, utilizando também os recursos tecnológicos para acompanhar os entes queridos que não estão próximos no momento. 

“A mudança de comportamento é um dos aspectos que nos permitem identificar se há algo acontecendo de diferente, por exemplo, estar mais agitado ou mais quieto, calado. A ansiedade é uma junção de sintomas físicos e psicológicos inerente a qualquer pessoa.  Porém, em dosagens exageradas se torna nociva a saúde do ser humano que pode ter pensamentos constantes e excessivos de preocupação, antecipação de uma ameaça futura causando medo, taquicardia, sensação de cansaço, sudorese”, revela psicóloga.

Quando perguntada sobre a melhor forma de lidar com os sintomas da ansiedade, ela descreve que cada pessoa pode desenvolver seu próprio método: “Ver/assistir notícias apenas quando for necessário, a fim de manter-se informado no momento atual; criar uma nova rotina em casa, mas não se cobrar caso não consiga segui-lá; beber bastante água e ter uma boa alimentação; ter uma boa noite de sono; fazer alguma atividade física; manter sob controle as doenças pré-existentes; manter contato com amigos e familiares por videochamada; fazer psicoterapia e exercícios de respiração. Para aqueles que são diagnosticados e fazem tratamento com medicamentoso, além do que foi dito acima, seguir as instruções médicas e continuar com o uso do fármaco. Estar em contato com o seu médico e continuar em terapia”.

De acordo com dados de 2017 da OMS, 4,4% da população mundial sofre por depressão. De 2005 a 2015, houve um crescimento de 18,4%, o que reforça ainda mais a importância do acompanhamento profissional no período do confinamento. Ainda de acordo com Jéssica, como medida para não interromper as atividades dos profissionais de psicologia nesse momento, os psicólogos que estão inscritos na plataforma de atendimento do Conselho de Psicologia podem realizar atendimentos através de videochamadas.

Se você está precisando do auxílio de um profissional ou conhece alguém que necessite de ajuda, nós deixaremos aqui em baixo o nome e contato de profissionais da área que podem te ajudar. Se cuide, tudo isso vai passar e fique em casa.

Jéssica Sousa – CRP: 03/25173 – (75) 99224-9889

Danielle Meneses- CRP: 03/17604 – (71) 99332-8376

Elizza Barreto- CRP: 06/143273 – (11) 97160-1995

Mariana Martins- CRP: 03/17168 – (71) 996674716

Patrícia Tapioca- CRP: 03/17515 – (71) 99305-8449


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